Com esse objetivo, a Solana é um dos vários projetos de blockchain concorrentes, como o Ethereum, o Zilliqa ou o Cardano, que espera criar um ecossistema de produtos e serviços baseados em criptomoedas.

 

Para se diferenciar, a Solana apresenta uma combinação de opções de design arquitetônico que tenta oferecer mais rapidez nos tempos de liquidação das transações e uma infraestrutura que se concentra na flexibilidade que permite aos desenvolvedores criar e lançar aplicativos personalizáveis em várias linguagens de programação.

 

Para alcançar esses recursos, o SOL, a criptomoeda nativa da rede Solana, é usado para executar programas personalizados, enviar transações e incentivar os agentes que apoiam a rede Solana.

 

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O conceito Solana foi criado por Anatoly Yakovenko em 2017, que buscava uma rede descentralizada de nós que pudesse corresponder ao desempenho de um único nó.

A blockchain da Solana é dirigida pelo Solana Labs, seu principal colaborador, e conta, ao mesmo tempo, com o suporte da Solana Foundation, uma organização sem fins lucrativos sediada na Suíça, voltada exclusivamente ao crescimento da comunidade e ao financiamento do desenvolvimento.

Yakovenko e sua equipe começaram a receber fundos em 2018, como parte do Solana Labs. A equipe angariou mais de US$ 20 milhões em recursos privados em uma Série A que durou diversos meses de 2019. Após o lançamento da sua rede principal em março de 2020, a Solana levantou mais US$ 1,76 milhão com uma venda pública de tokens realizada pela plataforma de leilões de criptomoedas CoinList.

A rede Solana oferece muitos recursos comuns a outras redes de criptomoeda, como smart contracts, liquidação de transações e emissão de tokens. No entanto, para se distinguir das demais, a rede Solana espera oferecer melhores velocidades de liquidação e maior capacidade de transações.

 

Arquitetura de rede Solana

A Solana tem como objetivo alcançar escalabilidade por meio do seu design de rede e opera com oito componentes principais para fazer isso: 

• Proof-of-History – uso de um relógio global como referência para criar um cronograma comum entre todos os participantes
• Gulf Stream – define quando e como as transações serão realizadas
• Sealevel – mecanismo de processamento que atribui a ordem e a execução das transações
• Turbine – define o modo como os nós que validam as transações (também chamados de validadores) vão enviar e receber os blocos
• Cloudbreak – mecanismo de memória usado para acompanhar os saldos dos participantes 
• Pipeline – verifica cada componente de uma transação
• Archivers –  rede de nós onde os dados são descarregados pelos validadores e armazenados para sempre

Embora tecnologicamente complexo e elaborado, cada componente tem o objetivo de otimizar a quantidade de transações que a Solana pode executar sem fragmentar a sua cadeia ou usar uma rede de camada dois. 

 

Consenso de Delegated Proof-of-Stake da Solana

Para proteger a sua blockchain, a Solana criou um mecanismo de consenso chamado Tower BFT que incorpora o que é comumente chamado de Delegated Proof-of-Stake (DPoS).

O DPoS usa um sistema de votação e reputação para proteger a rede, validar transações e distribuir SOLs recém-cunhados, o que significa que qualquer pessoa que possua tokens SOL (às vezes chamados de moedas SOL) poderá ajudar a operar a rede.

Cada token SOL pode ser bloqueado, ou "fixado", pelos participantes ("nós"), tanto para participar da governança quanto para aumentar as chances de serem escolhidos para produzir blocos. 

Os participantes também podem optar por delegar seus tokens SOL a outros validadores, alocando votos a eles enquanto ganham uma parte das recompensas do bloco.

A criptomoeda SOL desempenha um papel fundamental na manutenção e na operação do ecossistema Solana.

A Solana recompensa os validadores e os delegantes com uma parte da SOL recém-cunhada, juntamente com as taxas de transações baseadas no valor da SOL que foi usado para a realização de stake, a taxa de inflação definida e a complexidade e a quantidade das transações na rede.

Ao adquirirem tokens SOL, os usuários também poderão acessar o conjunto de projetos construídos com base na rede Solana. 

Semelhante ao Ethereum, a Solana permite que os desenvolvedores executem smart contracts personalizados e projetem aplicativos descentralizados (DApps) para oferecer produtos e serviços digitalizados. Dentre os exemplos, estão o Serum, um serviço de exchange descentralizado no estilo livro de ofertas, e o Raydium, um maker de mercado automatizado (AMM) que fornece liquidez ao seu ecossistema.
 

Por que usar a Solana (SOL)?

A Solana pode ser atrativa aos usuários por conta de sua tentativa de criar uma plataforma escalável para aplicativos descentralizados, sem a implementação de tecnologias de sharding ou de segunda camada.

Além disso, os desenvolvedores podem achar a plataforma atrativa para produtos e serviços que possam garantir um grande volume de atividades.
Os investidores podem procurar comprar SOL e adicioná-lo ao seu portfólio se considerarem que o mercado venha a favorecer plataformas mais escaláveis.

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