Por que o Bitcon tem valor?
O Bitcoin é respaldado pelo quê?
Como o Bitcoin é protegido?
O que respalda as moedas nacionais?
Por que as moedas fiduciárias têm valor?
Como as criptomoedas são protegidas?
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Desbancando mitos sobre criptomoedas: o Bitcoin não é respaldado por nada

By Kraken Learn team
7 min
20 de nov. de 2024
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Uma crítica recorrente aoBitcoin é que ele não tem respaldo governamental ou de uma reserva de ativos. Por isso, os que o criticam dizem que ele não possui valor intrínseco.

Até certo ponto, esses comentários têm algum mérito. O Bitcoin não compartilha os mesmos fundamentos das moedas tradicionais, nem é respaldado por reservas de ativos do mundo real, dinheiro ou equivalentes a dinheiro, como as stablecoins. Mas muitos veem a falta de respaldo ou de envolvimento do governo no Bitcoin’ como uma característica e não como uma limitação.

Por que o Bitcon tem valor?

As regras do protocolo Bitcoin afirmam que somente existirão 21 milhões de bitcoins. Essas unidades monetárias entram em circulação de forma programática e suas emissões seguem um calendário pré-determinado que não pode ser alterado por nenhuma pessoa, empresa ou governo.

Até o momento, mais de 19 milhões de bitcoins já foram colocados em circulação. É esperado que o restante das moedas seja lançado de forma gradual em circulação ao longo dos próximos cem anos ou mais.

Essa oferta comprovadamente finita, combinada com a natureza resistente à censura, sem fronteiras e sem necessidade de permissão das transações com Bitcoin, é o que torna a criptomoeda valiosa. Estas são características inerentes únicas que moedas fiduciárias e outras classes de ativos não têm.

Além disso, o Bitcoin é mais portátil, divisível e fungível do que as moedas físicas. E como um sistema monetário verdadeiramente global, ele pode ser acessado por qualquer pessoa no mundo com um dispositivo inteligente e uma conexão com a Internet.

O Bitcoin é respaldado pelo quê?

O respaldo do Bitcoin se dá por uma combinação de matemática avançada e técnicas de criptografia que permitem a operação do protocolo. Mais especificamente, o Bitcoin utiliza uma série de algoritmos criptográficos para a proteção da sua rede e a emissão das moedas.

Juntos, esses algoritmos estabelecem as bases para um sistema de pagamento eletrônico robusto, que não precisa de permissões, sem fronteiras e resistente à censura.

O Protocolo Bitcoin, como é conhecido, opera com base em um conjunto de regras codificadas por computador que ditam parâmetros importantes para sua criptomoeda nativa. Para ajudar a manter e proteger a rede usando seus computadores, uma rede distribuída de voluntários segue essas regras e desempenha funções importantes, como mineração. Os voluntários são frequentemente recompensados ​​pelo trabalho desempenhado na rede por meio de recompensas de mineração.

Desta forma, o Bitcoin é capaz de substituir grande parte do envolvimento humano por software. Pense nisso como uma máquina de venda automática. Grande parte do protocolo funciona de forma automática, mas ele ainda precisa da ajuda de humanos para ser mantido.

Como o Bitcoin é protegido?

O Bitcoin depende de sua rede de voluntários para fornecer segurança. 

Cada voluntário mantém sua própria cópia da blockchain do Bitcoin, agindo basicamente como um proprietário independente do registro. Isto significa que mesmo que em teoria a rede Bitcoin fosse comprometida, ainda seria possível recuperar um histórico completo de todas as transações a partir do computador de uma única pessoa’ na rede e, com relatórios de nós suficientes, confirmar a veracidade e exatidão de uma transação.

A maior ameaça a uma rede pública de blockchain como a do Bitcoin’ é algo conhecido como ataque de 51%. Isso ocorre quando uma pessoa ou grupo de pessoas reúne recursos suficientes para obter o controle majoritário da rede. 

Se uma única entidade conseguisse controlar mais de 51% da taxa de hash de uma rede’ (a soma total de todo o poder computacional direcionado à mineração), ela se tornaria capaz de corromper a integridade do registro. Isso poderia envolver a capacidade de duplicar os fundos e bloquear transações de entrada à vontade.

Entretanto, a possibilidade de um ataque de 51% diminui conforme a rede cresce em tamanho. Quanto mais voluntários se comprometem à mineração de bitcoins, maior é a taxa de hash. Isso significa que agentes mal intencionados devem obter quantidades ainda maiores de poder computacional para tomar para si o controle da rede. Nos níveis atuais em que o Bitcoin se encontra, uma façanha assim custaria uma quantia impressionante de dinheiro.

O que respalda as moedas nacionais?

Tradicionalmente, as moedas nacionais, como o dólar americano ou a libra esterlina, eram lastreadas por reservas equivalentes de ouro. Isso significava que cada unidade de moeda física poderia ser resgatada a qualquer momento pelo seu respectivo valor em ouro.

Vincular cédulas de dinheiro a uma commodity preciosa e finita ajudou na garantia do valor da moeda subjacente e limitou a quantidade de novas unidades que poderiam ser emitidas. 

Eventualmente, a escassez de ouro limitou o crescimento econômico e os países estavam interessados ​​em uma expansão mais rápida do que suas reservas de ouro permitiriam. Isso levou ao eventual abandono do padrão-ouro e as moedas serem desvinculadas de qualquer lastro físico.

Hoje em dia, todas as moedas nacionais já fizeram sua transição para moedas “fiduciárias”. Estas moedas têm zero lastro ou respaldo em ativos no mundo real. Em vez disso, o valor da moeda subjacente depende da capacidade do governo’ que a emitiu para saldar suas dívidas.

Os preços das moedas fiduciárias já não são fixados ao valor de uma commodity, mas sim na estabilidade do governo emissor, bem como nos princípios gerais de oferta e demanda. De um modo geral, quanto mais forte for a economia de um país’, maior será o valor da sua moeda fiduciária e a demanda por ela.

Por que as moedas fiduciárias têm valor?

Sem o lastro do ouro, as moedas fiduciárias não têm qualquer valor intrínseco. O único valor monetário que elas possuem é definido pela confiança que seus utilizadores depositam de que seus respectivos governos manterão a estabilidade econômica.

Graças à impressão excessiva de novas cédulas e ao efeito inflacionário que isso gera, as moedas fiduciárias normalmente perdem consideravelmente seu poder de compra ao longo do tempo. Entre 1900 e 2010, o poder de compra do dólar americano caiu 98%.

Em alguns casos, o aumento dos preços pode levar à hiperinflação, geralmente significando a ruína da moeda fiduciária subjacente. É geralmente aceito que a hiperinflação ocorre quando a taxa de inflação mensal excede 50% (quando os preços dos bens e serviços em geral ficam 50% mais caros no período de um mês).

Mais de 35 moedas fiduciárias entraram em colapso devido à hiperinflação só no século XX. Quando os cidadãos percebem a depreciação rápido do seu dinheiro, podem decidir trocá-lo por outras moedas ou mercadorias estrangeiras para se protegerem contra a inflação galopante. As moedas hiperinflacionadas também perdem seus atrativos para outros países, fazendo com que estes retirem seu dinheiro e invistam em ativos mais estáveis.

As moedas fiduciárias, portanto, só têm valor e função quando os governos as mantêm de forma adequada como um meio de troca confiável.

Como as criptomoedas são protegidas?

No âmbito nacional, as moedas fiduciárias são garantidas pela rede bancária e pelas agências de fiscalização.

Os bancos protegem os fundos dos depositantes e são responsáveis por manter os registros mestres, as informações pessoais dos seus clientes e assim por diante. 

Agências locais, como a polícia, certificam-se de que os cidadãos não vão criar ou circular seu próprio dinheiro.

No âmbito internacional, os países basicamente dependem de suas forças armadas para a garantia de suas moedas fiduciárias. Atuando como uma moeda de reserva mundial’, o dólar americano é usado para a liquidação de negociações e investimentos internacionais. Isso se estabeleceu pouco antes do fim da Segunda Guerra Mundial, após uma reunião entre países conhecida como Conferência de Bretton Woods.

Isso proporcionou uma série de privilégios aos Estados Unidos, que resultaram em uma consistente procura global pela moeda americana. Posteriormente, em 1971, os Estados Unidos abandonaram o padrão ouro e ratificaram o fim ao acordo de Bretton Woods de maneira oficial alguns anos depois. Visando manter a posição do dólar’ como a moeda de reserva mundial’, os Estados Unidos agora devem assertar sua dominância militar para garantir que os países continuem a utilizá-lo.

No geral, é’ nítido que o Bitcoin representa um sistema monetário transparente e acessível de forma global, que sua oferta é comprovadamente escassa, que ele tem uma política monetária bem definida e que é gerido exclusivamente pelos seus utilizadores. Além disso, o Bitcoin atua como um sistema de pagamento confiável e internacional que pode ser usado 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano.

Por outro lado,  as moedas fiduciárias são um meio de exchange por meio de coerção e que apenas um grupo seleto tem o direito de gerir. Em outras palavras, as moedas fiduciárias também “não são respaldadas por nada”. Essa consideração deve fazer qualquer pessoa que insista em usar esse argumento contra o bitcoin rever seus conceitos.

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