O que é o The Graph? (GRT)
Guia para iniciantes
O The Graph é um software de código aberto usado para coletar, processar e armazenar dados de vários aplicativos de blockchain para facilitar a recuperação de informações.
Originalmente lançado na blockchain do Ethereum, a missão do The Graph é ajudar os desenvolvedores a usar dados relevantes para aumentar a eficiência de seu aplicativo descentralizado (DApp).
O The Graph analisa e reúne dados de blockchain antes de armazená-los em vários índices, chamados Subgraphs, que permitem que qualquer aplicativo envie uma consulta para seu protocolo e receba uma resposta imediata.
As consultas são feitas por DApps por meio de GraphQL, uma linguagem amplamente usada criada originalmente pelo Facebook para coletar dados para o feed de notícias de um usuário.
Os usuários do The Graph que fornecem serviços à rede, chamados indexadores e delegantes, ajudam a processar os dados e a transmiti-los aos usuários finais e aplicativos.
O GRT, a criptomoeda nativa do The Graph, é usado para garantir a integridade dos dados protegidos em sua rede. Qualquer usuário, seja ele indexador, curador ou delegante, deve fazer stake de GRT para realizar suas funções e, em troca, receber taxas da rede.
O The Graph está sendo usado por DApps populares do Ethereum, como Aave, Curve e Uniswap. Os usuários que desejam acompanhar o desenvolvimento atual do The Graph podem favoritar seu blog oficial para obter detalhes atualizados.
Quem criou o The Graph?
O The Graph foi fundado em 2018 por Yaniv Tal, Jannis Pohlmann e Brandon Ramirez, que já trabalharam juntos em várias start-ups que se concentraram na criação de ferramentas de desenvolvedor.
O The Graph arrecadou um total de US$ 19,5 milhões em vendas de token desde 2019, incluindo US$ 10 milhões em sua venda pública de outubro de 2020. Durante esse período, aproximadamente 21% da oferta inicial de token de 10 bilhões de GRT foram vendidos a investidores, incluindo Coinbase Ventures, Digital Currency Group e Multicoin Capital.
Como funciona o The Graph?
A primeira etapa do The Graph para agregar dados ocorre por meio dos nós do Graph, que verificam continuamente blocos de rede e smart contracts para obter informações.
Quando um aplicativo adiciona dados à blockchain por meio de smart contracts, os nós do Graph adicionam os dados desses novos blocos a seus Subgraphs apropriados.
Depois que os nós do Graph extraem informações, há três tipos de usuários que contribuem para a organização de dados no protocolo.
Eles incluem:
- Curadores — desenvolvedores de Subgraph que avaliam quais subgraphs são de alta qualidade e precisam ser indexados pelo The Graph. É importante observar que os curadores anexam GRT aos subgraphs em que acreditam.
- Indexadores — operadores de nós encarregados de fornecer serviços de indexação e de consulta para os subgraphs sinalizados. Devem realizar stake de GRT para fornecer esses serviços.
- Delegantes — delegam GRT aos indexadores para contribuir para a execução da rede sem instalar um nó.
Todos os usuários recebem uma parte das taxas de rede por seu trabalho, dependendo de sua função.
Esses dados podem ser facilmente acessados por aplicativos que buscam informações e que os ajudarão a executar seu software por meio do uso de consultas.
Por exemplo, o Decentraland acessa as informações do The Graph para encontrar terrenos, acessórios e colecionáveis entre aplicativos e os traz para o marketplace, permitindo que os usuários os comprem de um local central.
Por que o GRT tem valor?
A criptomoeda GRT deriva seu valor de sua capacidade de garantir a execução bem-sucedida de smart contracts que dependem do protocolo The Graph.
Mais especificamente, o GRT é a única criptomoeda usada nas principais operações de rede. Por exemplo, os consumidores que enviam consultas aos indexadores devem pagar uma taxa de consulta, denominada em GRT.
Os curadores ganham taxas de consulta para os subgraphs que sinalizam, os indexadores ganham uma parte das taxas de consulta e recompensas do protocolo, e os delegantes ganham parte das taxas dos indexadores pelo empréstimo de seus GRT.
Qualquer pessoa que possua e faça stake de tokens GRT pode participar das decisões que afetam o software, votando em propostas relacionadas às regras que regem o uso da plataforma. Os delegantes atribuem seus direitos de voto a outra pessoa para que vote em seu nome.
Os investidores devem observar que, embora o The Graph tenha introduzido 10 bilhões de GRT em 2020, a oferta total deve aumentar em média cerca de 3% anualmente, com uma estimativa de 1% dos tokens sendo removidos de circulação a cada ano.
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Por que usar o GRT?
O The Graph pode ser de interesse dos desenvolvedores que buscam criar aplicativos baseados em blockchain que precisam acessar e analisar dados de blockchain.
Os investidores podem querer adicionar o GRT ao seu portfólio caso acreditem que aplicativos descentralizados exigirão continuamente uma grande quantidade de dados de blockchain para funcionar.
Por fim, se o The Graph provar que resolve os principais problemas dos usuários de DApp, poderá se tornar uma ferramenta essencial para vincular todos os aplicativos criados na blockchain.